Vestido vermelho, uma expressão de “me soltem!”. Com aquela idade eu não tinha idéia de quanto era importante e especial estar com eles...
Hoje os dois são apenas um, pois eu perdi um dos dois de um jeito estranho e, quando isso aconteceu, não pensei que iria ser para sempre ou que fosse doer tanto.
Mas afinal, o que eu perdi? O que eu perdi não foi um brinquedo, uma palavra... Foi uma pessoa, mas não qualquer pessoa, eu perdi uma paixão, eu perdi uma amizade, eu perdi o meu padrinho...
O outro alguém que ainda está comigo é minha madrinha, que eu mais chamo de tia ou dinda Carlinha. Daquela época para cá, ela não mudou nada, nem a altura, porque, como eu tenho uma “avó de bolso”, eu tenho uma “madrinha de bolso” também... Apesar de estar sempre ocupada, sei que me ama muito.
Às vezes me perguntam se eu não sinto falta do meu padrinho, porque ele se foi cedo demais, mesmo dizendo que iria envelhecer do meu lado (ah! se palavras bastassem). Mas, quando me perguntam isso, sei que dentro de mim ele ainda vive e que a minha madrinha exerce o papel dos dois.
Ela é minha madrinha e meu padrinho porque o carinho dela é tanto que não serve, não cabe em uma pessoa só.
Ela é minha madrinha e meu padrinho porque o carinho dela é tanto que não serve, não cabe em uma pessoa só.
No meu passado, presente e futuro, comigo ou não, eu os amo e somente eles estarão para sempre no meu coração.
BRUNA
TURMA 82
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